
Quem se encontra com Jesus ressuscitado fica transformado
Na audiência geral de quarta-feira passada --na qual se uniu aos peregrinos na Praça de São Pedro em ação de graças pelo primeiro aniversário de seu pontificado-- Bento XVI recordou que a alegria pascal destes dias «estende-se a todo o Ano Litúrgico e se renova de modo especial no domingo, dia dedicado à recordação da ressurreição do Senhor».
Trata-se da «pequena Páscoa» de cada semana --disse--, um momento em que «a assembléia litúrgica reunida para a santa missa proclama no Credo que Jesus ressuscitou ao terceiro dia, acrescentando que esperamos “a ressurreição dos mortos e a vida do mundo futuro”».
«Assim se indica que o acontecimento da morte e ressurreição de Jesus constitui o centro de nossa fé, e sobre este anúncio funda-se e cresce a Igreja», sublinhou.
Recordou o dia da ressurreição de Jesus e «o caso de Maria Madalena (Jo 20, 11-18), que descobre o sepulcro aberto e vazio e imediatamente teme que tenham levado o corpo do Senhor».
Este «então a chama por seu nome, e nesse momento produz-se nela uma mudança profunda --prosseguiu--: o desconsolo e a desorientação transformam-se em alegria e entusiasmo. Com prontidão vai aonde os Apóstolos estão e lhes anuncia: “Vi o Senhor”» (Jo 20, 18).
«É um fato que quem se encontra com Jesus ressuscitado fica transformado em seu interior. Não se pode “ver” o Ressuscitado sem “crer” nele», expressou o Papa, convidando a rogar para que o Senhor «chame a cada um de nós por nosso nome e converta-nos, abrindo-nos à “visão” da fé».
Porque «a fé nasce do encontro pessoal com Cristo ressuscitado --advertiu-- e se transforma em impulso de valentia e liberdade que nos leva a proclamar ao mundo: Jesus ressuscitou e vive para sempre».
«Esta é a missão dos discípulos do Senhor de todas as épocas e também de nosso tempo», o qual não implica «desentender-se dos compromissos de cada dia» nem «das realidades terrenas» --apontou--, mas «impregnar todas nossas atividades humanas com uma dimensão sobrenatural», «converter-se em gozosos arautos e testemunhas da ressurreição de Cristo, que vive para sempre».
Comentando o evangelho, este domingo Bento XVI recordou que «Jesus ressuscitado apareceu aos discípulos, reunidos no Cenáculo, na tarde do “primeiro dia depois do sábado”, e que se mostrou a eles novamente no mesmo lugar “oito dias depois”».
«Desde o princípio, portanto, a comunidade cristã começou a viver um ritmo semanal, destacado pelo encontro com o Senhor ressuscitado», apontou.
Daí que, como assinalou o Concílio Vaticano II, «a Igreja, por uma tradição apostólica, que traz sua origem do próprio dia da Ressurreição de Cristo, celebra o mistério pascal a cada oito dias, no dia que é chamado com razão de “dia do Senhor”, ou domingo».
O Papa colocou sob a intercessão de Maria que todos os cristãos vivam em plenitude o Domingo como «Páscoa da semana», «saboreando a beleza do encontro com o Senhor ressuscitado e bebendo na fonte de seu amor misericordioso, para ser apóstolos de sua paz».
Fonte: http://www.comshalom.org/formacao/liturgia/ressurreicao_de_cada_semana.html
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