sábado, 12 de fevereiro de 2011

Missão é o caminho para a Santidade 

Na Sagrada Escritura o termo missão refere-se a fazer história da Salvação, Jesus apresenta-se a nós como enviado do Pai. Portanto sendo enviado do pai, o verdadeiro missionário por excelência! Passando ao longo do mar da Galiléia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançaram as redes ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes Jesus: Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens.” Deixando logo as redes, seguiram-no. Um pouco adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco a consertar as redes, e logo os chamou. E eles deixaram no barco seu pai Zebedeu com os assalariados e partiram com Ele. (cf. Mc 1,1620).
Momento peculiar este em que Jesus faz com que sua missão prolonga-se em você, em nós e nos Apóstolos. Jesus quer confirmar sua presença depois da morte apresentando-se aos discípulos e diz: A paz esteja convosco! Dizendo como o pai me enviou, eu também vos envio (Jo 20,21).
            Esta afirmação de Jesus encontramos em (Mt 10,16) quando ele disse:
Eis que eu vos envio como ovelhas entre lobos. Assim como ele chamou os discípulos e lhes preparou também hoje nos encoraja para que possamos ser firmes em nossa missão de batizados.
Preparar os discípulos para o apostolado, para as perseguições, os sofrimentos e também a morte; os que fizeram com ele, Jesus, farão também com os seus amigos discípulos.
Retratamos aqui alguns desafios ainda encontrados na Igreja, podemos citar alguns mártires, Pe. Ezequiel Ramin, Dom Oscar Romero, Irma Doroti, enfim se fossem citar todos os homens e mulheres que deram suas vidas ao projeto do reino não caberia nestas poucas paginas.
A busca a santidade ela acontece todos os dias é um processo que se é feito todos os dias, é um responder-se ao sacramento do batismo, é um crescimento dinâmico.
 Jesus não fala da santidade claramente nas instruções aos discípulos; mas implicitamente demonstrando através de seu testemunho de vida, de suas atitudes frente às imposições que eram impostas.
 Ele perdoou a pecadora, foi à casa de Zaqueu, deixou que seus pés fossem lavados com balsamo, recordemos que João Paulo II, na exortação Apostólica Cristi fideles laici, sobre o apostolado aos leigos (Cl, 17), deixa bem explicito:
 A santidade é imprescindível para a realização da missão, por isso todos nós somos chamados à santidade e a missão. Um dos enfoques maiores é a espiritualidade missionária da Igreja em que nos aponta uma seta á santidade.
O missionário deverá viver aquela frase em que João anunciou: que eu diminua e o Cristo cresça (João 3, 30). Portanto deveremos propor caminhos de conversão para eu ter credibilidade para anunciar a Cristo.
Os apóstolos propagaram o ressuscitado comprometendo até mesmo suas vidas, ainda em pleno século XXI corremos o risco de sermos excluídos, mas o importante é ser fiel ao chamado. O esporte tem algo a nos ensinar sobre a vida espiritual e as missões.
São Paulo já nos dizia que o esforço dos atletas para conseguir seu objetivo deveria ser imitado pelos cristãos na busca da santidade e superação aos desafios. “os atletas correm para ganhar uma coroa perecível; nós, para ganhar uma coroa imperecível” (1Cor 9,24-25)
Ao preparar seus discípulos para a missão que os espera, Jesus quer convencê-los de que ele é deveras o Messias que esperavam. Por isso o cristão é “testemunha” de Cristo, e aquele que o torna vivo no mundo de hoje, aquele que julga as coisas do mundo e os acontecimentos da vida como Cristo os julga, sendo que o testemunho de uma glória passa pelo sofrimento e provações.
É a lei do Evangelho: se o grão de trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só; mas se morrer, produzirá muitos frutos” (Jo 12,24).    
  
 (Frei João Andrade, OSJ)
  

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