Já Decidiste?
A indecisão é algo normal na adolescência, mas quando chegamos a certa idade temos a obrigação de optar por algo se queremos ser alguém na vida.
Como jovens procuramos concretizar todos aqueles sonhos que tínhamos de criança: doutor, empresário, jogador de futebol ou de voleibol... Depois de alguns dias tentando cumprir com todos os nossos desejos e fazer dez profissões diferentes caímos na real: tenho que escolher uma única profissão. Aqui começa a parte mais difícil, a decisão definitiva: que quero ser para o resto de minha vida.
Existem dois momentos que exigem uma decisão reta e segura, pois influenciará a vida inteira da pessoa: a escolha de sua profissão e de sua vocação. Qual é a diferença entre as duas?
Profissão será o trabalho físico que desempenharemos para poder crescer economicamente e poder manter com bens materiais a nós e à nossa família. Não deveria ser tão difícil saber qual profissão desempenhar, pois nossas qualidades laborais se manifestam desde que somos crianças.
A vocação é algo mais espiritual. É o caminho concreto que Deus pensou para podermos chegar ao céu. Portanto, a profissão que desempenharmos deverá estar enfocada pela vocação que Deus nos deu.
Agora, quais são os tipos de vocações que podemos seguir?
Dividiremos em duas as vocações: a primeira vocação matrimonial; a segunda vocação religiosa.
A vocação matrimonial. Deus quando criou o homem e a mulher os fez um para o outro com o objetivo de que formassem uma família. “Não é bom que o homem esteja sozinho.” (Gen 2, 18) Os filhos são essenciais na família, são os frutos do amor matrimonial e da ordem dada por Deus a nós. “Seja fecundo, multiplicai-vos, enchei toda a terra e domine-a.” (Gen 1, 28)
No entanto, a tarefa do matrimônio não é somente ter filhos, educá-los humanamente e nada mais. A família dever ser um lugar onde brote o amor. Amor entre os esposos. Amor dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. A educação na vida espiritual deve estar por encima de tudo. Que pena daria se encontrássemos um jovem que tem uma excelente formação humana, que sabe falar varias línguas, mas que não sabe rezar.
Dom Pedro Fedalto, Arcebispo emérito de Curitiba, dizia: “família que reza unida, permanece unida.” Pois Deus é o Amor e Ele quer ensinar-nos a amar. Se Cristo não estiver em primeiro lugar na família será difícil viver um amor verdadeiro, pois não teremos o Seu exemplo de como morreu por nós morrendo na Cruz por amor. Se quisermos ver nossas famílias unidas devemos seguir este conselho de Dom Pedro.
A vocação religiosa. Todos aqueles que estão chamados para servir ao Senhor entram dentro desta vocação. Sacerdotes, religiosos, religiosas...
Hoje em dia é todo um desafio seguir a Deus. Verdadeiramente não é para qualquer um, precisa-se de uma grande valentia e de muito amor a Deus. Esse amor que se manifestará pelo desejo de querer ajudar ao próximo, seu irmão em Cristo. Ao ver tanto sofrimento no mundo quem ama a Deus não pode ficar parado sem fazer nada. Seu coração arde desejando ajudar a todos a chegar ao céu.
É importante distinguir bem que a vocação religiosa é um chamado de Deus. Não seremos sacerdotes ou religiosos porque queremos impressionar aos outros com nossas qualidades ou porque é um desejo de algum membro da família. Se seguirmos esta vocação é porque Deus me deu este talento.
Sabemos que esta é uma vocação muito bela e que é tão importante hoje em dia. Que passaria se não tivéssemos sacerdotes que nos perdoassem os nossos pecados eque nos trouxessem a Cristo na Eucaristia como alimento espiritual?
Muitas vezes nem damos bola para a importância do sacerdote aqui na terra. Mas, quando se aproximar a hora da nossa morte, saberemos que é graças a eles que chegaremos ao céu.
A nossa pergunta agora seria: como saber qual vocação devemos escolher? Na oração. Devo pedir a Deus o que Ele quer de minha vida, pois sei que o único desejo de Deus é que sejamos felizes. Pode ajudar ao nosso discernimento pedir conselho a alguém que tenha muita experiência e em quem eu confio.
Deus sabe a quem chama para a vocação religiosa. Ele não necessita de superdotados ou de pessoas incríveis. O único que Ele pede é um coração generoso que se entregue com alegria a este chamado. No entanto, se Deus chama alguém, como é a maioria dos casos, a vocação matrimonial é para amar e transmitir a Cristo na família.
Por Geovan Carlos Kuba, LC
Fonte: http://www.pastoralis.com.br
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