
Finalmente, uniu-se às orações, a contemplação dos mistérios. Foram os
dominicanos que, no século XIII, muitíssimo contribuíram para a difusão dessa
devoção. A partir de 1480 iniciou-se a esquematização dos quinze mistérios como
tínhamos até pouco, quando o Servo de Deus João Paulo II introduziu os
mistérios luminosos.
Várias vezes, em
tempos de graves perigos, provocados por guerras e heresias, foi a oração do
rosário que sustentou e consolou a fé do povo de Deus. O rosário é, pois,
patrimônio da devoção da Igreja do Ocidente. É devoção preciosa, pois é
bíblica, ajuda a penetrar os dados essenciais da história da salvação, está
toda orientada para Cristo, apresenta um caráter contemplativo e, finalmente,
tem relação profunda com a liturgia. No rosário, louva-se o Cristo; a Virgem
abre-lhe o caminho, enquanto a cadência das palavras com a contemplação dos
mistérios permite ao orante unir-se afetivamente ao Senhor, Autor da nossa
salvação e último responsável por tudo quanto ali contemplamos. Assim, quem
reza o rosário de maneira correta sente-se chamado pessoalmente, sente-se preso
e inserido no destino e no curso da vida do nosso Salvador.
Assim, o santo
Rosário é realmente oração do Senhor e ao Senhor. Bem rezado, ele é uma forma
excelente de oração, que nos exercita na meditação contemplativa, reunindo as
forças do espírito e da alma em torno do Redentor, fazendo-nos aderir a ele. A
repetição cadenciada, a atenção atenta, mas não forçada, mais presa pelo afeto
que pela racionalidade, une profunda e intuitivamente ao mistério de Cristo,
dando-nos aquele conhecimento que ultrapassa todo conhecimento. Deste modo, o
santo Rosário tem sido a oração dos pequenos, dos simples, dos incultos,
formando um inumerável exército de santos.
Escrito por Dom Henrique
Fonte: http://costa_hs.blog.uol.com.br/index.html
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