quarta-feira, 6 de junho de 2012

Como Entendemos o Voto de Castidade


Fonte: http://santodeallstar.wordpress.com

Quando se fala de castidade ainda sentimos reflexos na formação de traços que foram impressos nos indivíduos que inocentemente os carregam e os transferem para os formandos de hoje, valores que atinam tudo o que se refere às amizades mais intimas, sexualidade, de forma puritana e por vezes “castrativa”. Esse tipo de pensamento é anterior ao Concílio Vaticano II e, considerado hoje antiquado, apesar de ainda persistir em algumas comunidades religiosas que ainda não conseguiram dar este passo qualitativo na compreensão da castidade, e ver a sexualidade como parte integrante e essencial de nossa humanidade, olhar o corpo e suas faculdades sensórias não como algo profano e purgativo, mas como dom de amor do próprio Criador para conosco seus filhos.
Na atualidade não podemos olhar para o nosso corpo, para a nossa sexualidade ou mesmo, como em espiritualidades antigas que deram santas respostas para o seu tempo, chamar o nosso corpo de “irmão burro”, ou achar que tudo o que sentimos é obra do “capeta”. Fazer isso é praticamente desprezar o dom que Deus nos deu, o corpo, os sentidos, a genitalidade, uma vez que estas quando compreendidas de forma casta é puro dom de Deus. Pois é com tudo o que somos e temos que nos colocamos a serviço do Pai!
A castidade deve ser entendida no momento presente, como um valor profético livremente assumido e que testemunha a Vida Religiosa Consagrada como profecia do Reino, uma resposta atual a sociedade de uma sexualidade vivida como dom de amor e serviço ao próximo e a Igreja e não de uma sexualidade hedonista e desregrada que entende a castidade somente como abstinência sexual, e reduzindo a sexualidade humana a apenas genitalidade. “Castidade não se define por aquilo que se renuncia, mas por aquilo que se ganha (e para nós que almejamos a Vida Consagrada é Deus) e o que se oferta como dom: algo positivo que é o seguir Cristo e dar continuidade aos ensinamentos de Cristo, na Igreja e no mundo”.  Isto tem que estar claro, caso contrário, viver em castidade é viver em “Noite Escura”. Nós cristãos somos castos, desejamos ser castos não por querer nos destacar como os melhores, mas também para sermos seres humanos melhores, porém predominantemente somos castos por dom de Deus, por graça de Deus e para sermos um dom dessa presença do Pai para os outros.
O “ser casto” tem seu principio e o seu fim no e, somente no Cristo. Somos castos por querermos amar mais e sem impedimentos, somos castos para dizer ao mundo de forma clara e consciente que nos amaremos aqui da mesma forma que queremos nos amar no céu, ou seja, sem nenhum interesse ou desejo, queremos antecipar aqui o amor sem medida de Cristo por nós. Só entende a castidade quem deseja imensamente o Amor e amar! 


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