Neste sábado, 09 de junho, celebrou-se a memória do Beato José de
Anchieta considerado o “Apóstolo do Brasil”, a favor dos humilhados e ofendidos
indígenas cuja história pode ser contemplada no Santuário Nacional de Anchieta,
no Espírito Santo.
José De Anchieta nasceu a 19 de março
de 1534 em Tenerife, nas Ilhas Canárias. Tendo entrado na Companhia de Jesus,
foi enviado às missões do Brasil. Dedicou sua vida à evangelização das plagas
brasileiras. Em 1595, o sacerdote conclui a primeira obra literária do país, a
"Arte da Gramática da Língua Mais Usada na Costa do Brasil", que
inclui um dicionário português-tupi-guarani, impresso em Coimbra e depois, um
catecismo.
Aos 18 anos, decidiu-se pela obra
evangelizadora do Novo Mundo e inscreveu-se para participar de uma missão, que
saiu de Portugal em 1553. Em Salvador, Anchieta tem sua primeira tarefa no
Brasil: ajudar na organização do Colégio de Jesus.
No núcleo histórico da atual cidade de
Anchieta, antiga aldeia de Reritiba localiza-se o Santuário Nacional de
Anchieta, em uma encosta do morro do Rio Benevente, litoral sul do Espírito
Santo, a 80 km da capital, Vitória.
Enquanto obra arquitetônica, o
Santuário é uma construção jesuítica do Brasil Colônia. Foi erguido entre
meados do século 16 e início do século 17.
O Conjunto Jesuítico de Anchieta destaca-se pela importância que
teve no processo de inculturação religiosa dos índios puris e tupiniquins,
conduzido pela Companhia de Jesus no tempo da Colônia, modelo considerado
pioneiro no Brasil; mas também por ter sido o lugar escolhido pelo sacerdote
José de Anchieta para viver os últimos anos de sua vida.
É possível ver a cela onde Pe.
Anchieta hospedou-se muitas vezes em suas passagens pela localidade. Nela,
recuperava-se dos desgastes físicos causados pelas longas viagens que fazia
sempre a pé, a fim de preparar e fortalecer as comunidades indígenas. Nela, ele
faleceu no dia 9 de junho de 1597.
Hoje, a cela abriga um pedaço do osso
da tíbia do beato José de Anchieta, que pertencia, desde o ano de 1759, ao
governo do Espírito Santo. A relíquia foi devolvida em 1888 aos jesuítas, que a
levaram para Nova Friburgo, RJ. Voltando a residir em Anchieta, os jesuítas
trouxeram de volta, em1944, arelíquia do Beato, cuja proteção ainda hoje
invocam, para dar continuidade à obra missionária daquele que foi considerado
“O Apóstolo do Brasil”.
José de Anchieta faleceu em 9 de junho
de 1597. Era chamado de 'paizinho' pelos indígenas; agora é chamado de
"Pai da pátria" pela CNBB. Reconhecidamente, Anchieta é um dos pilares
da civilização brasileira.
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