Ser aquilo que se é custa caro nos dias de hoje!
Ser aquilo que se é custa muito caro nos dias de hoje… O
homem atual hoje vive sob uma contínua pressão: ele traz sobre si o peso de
inúmeras cobranças. Frequentemente, ele acaba sendo condicionado – e até
aprisionado – por ideias e valores preestabelecidos pela sociedade que o cerca,
a qual lhe impõe constantemente muitas exigências a serem cumpridas.
Em muitas circunstâncias, o ser humano acaba “sufocado” pela
perene cobrança dos que com ele convivem, sendo que – muitas vezes – ele só se
percebe “aceito” e “amado” quando corresponde às cruéis expectativas dos seus
companheiros do cotidiano.
Infelizmente, algumas pessoas só são capazes de expressar
qualquer carinho ou afeto àqueles que correspondem em tudo ao seu estereótipo e
ideal de vida, sendo que aqueles que fogem um pouquinho ao que elas pensam
acabam sendo “elegantemente” descartados.
Mas que tragédia… que hipocrisia imaginar – ainda que
inconscientemente – que as pessoas tenham de ser do jeito que achamos e que se
elas não se encaixarem em nossos “padrões” não terão o direito de nos
acompanhar na vida.
É triste, mas é verdade: quem não deseja viver uma
hipocrisia em seus relacionamentos precisará pagar um grande preço, tendo que,
muitas vezes, sofrer em virtude do fato de não querer representar para ser
aceito.
Ser aquilo que se é nos dias de hoje custa caro…
Creio que é preciso iniciar uma concreta revolução na
própria escala de valores e conceitos a ponto de conseguir aceitar e acolher
aquilo (aquele (a)) que é diferente e que nem por isso deixa de ser bom.
Sejamos, sim, nós mesmos em tudo, contudo, permitamos também
às demais pessoas a liberdade de acontecerem ao nosso lado sem precisarem
representar. Aprendamos – com a arte presente na simplicidade – a acolher as
pessoas em sua verdade e integralidade. Assim seremos mais livres e
promoveremos profundas liberdades, tornando a vida menos pesada e o coração
mais propenso a alçar voos mais altos…
Ser feliz não é tão difícil, basta apenas libertar-se da
superficialidade e aprender a raciocinar.
Sem medo, desenvolvamos em nós essa bela capacidade de
acolher os outros, começando primeiro em nosso coração (acolhendo em verdade
aquilo que somos). Assim, sem dúvida alguma, conquistaremos “essa tal
liberdade” diante da vida e de cada pessoa que conosco realiza a aventura de
existir.
Padre Adriano Zandoná
Canção Nova

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