sábado, 15 de setembro de 2012



Evangelho do dia  (Jo 19,25-27 ou Lc 2,33-35)

Nossa Senhora das Dores

Perto da cruz de Jesus estavam a sua mãe, e a irmã dela, e Maria, a esposa de Clopas, e também Maria Madalena. Quando Jesus viu a sua mãe e perto dela o discípulo que ele amava, disse a ela:
- Este é o seu filho.
Em seguida disse a ele:
- Esta é a sua mãe.
E esse discípulo levou a mãe de Jesus para morar dali em diante na casa dele.

Comentário

Ontem celebramos a Exaltação do Filho na Cruz, hoje a presença da mãe aos pés da Cruz.
a)Maria se torna corredentora, participa da salvação da humanidade por uma graça especial de Deus. A sua dor de mãe vendo Jesus morrer e tendo nos braços Jesus morto (quem não conhece a obra prima de Michelangelo “La Pietà”?) unida á dor de Jesus realizou a vitória do Amor sobre o pecado e a morte. Maria diz o texto: “Estava” (v. 25): não em atitude de desespero, nem de grito sufocado, nem um estar de resignação, mas, de firmeza na fé, na confiança em Deus, na certeza que Ele  haveria de vencer a morte. Mesmo sabendo disso Maria sofreu e como! Ela é a DESOLADA!
b)O texto nos apresenta também a Maternidade de Maria sobre toda a humanidade. Jesus entrega João (e nele todos nós!) a Maria: “Mulher eis aí o teu filho” e entrega a João (todos nós de novo) a Mãe: “Eis aí a Tua mãe”. Portanto que Maria é mãe é indiscutível mesmo. Mãe de toda a humanidade cristã ou não. De todos! E mãe de toda vocação! Você sente Maria como tua mãe?
c)Maria é chamada também, no texto de hoje, de “Mulher”. De fato ela é a Mulher por excelência da Bíblia lembrada desde o Genesis (3,15) nos primeiros capítulos até o capítulo 12, 1-18 do Apocalipse de João.Neste texto é a Mulher Igreja. Não é, de jeito nenhum, palavra de desprezo, como alguns interpretam, mas palavra teológica de profundo alcance espiritual.
d) Maria soube dizer um novo FIAT aos pés da Cruz: um sim consciente e radical de amor. O primeiro FIAT (SIM) da Anunciação se completa agora aos pés da Cruz. Sim a Deus também quando é muito difícil dizê-lo!
Neste sentido Ela está perto de nós, de nosso dia-dia, nossa lutas, suores e lágrimas. É mesmo a nossa companheira, como cantamos com fé e carinho.
e)S. José Marello escreve estes dois pensamentos:
“Maria, nós gostamos de vos contemplar no Céu, coroada de glória, Rainha dos Anjos, Soberana entre todos os eleitos, dispensadora de todas as graças! Mas quase nos parece que a grande distância que de vós nos separa, possa constituir obstáculo à vossa compaixão para conosco. Preferimos contemplar-vos na atitude de Rainha das Dores, aos pés de Jesus Crucificado. Achamo-nos num vale de lágrimas e o nosso coração abatido encontra maior conforto em repousar no vosso coração aflito, ó Maria! (S 341).
“Maria estreitou-nos todos ao seu peito aos pés da cruz e quanto mais lhe custamos tanto mais Ela resolveu amar-nos: a medida da sua dor foi a medida do seu amor”. (S 343)

Obrigado,  Maria mãe de nossa vocação!! Amén

Padre Mário Guinzoni OSJ

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