Palavra de Vida do mês de
Setembro
“Todo o que bebe dessa água, terá
sede de novo; mas quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede: porque
a água que eu darei se tornará nele uma fonte de água jorrando para a vida
eterna.” (Jo 4,13-14)
Nesta pérola do Evangelho, que
são as palavras dirigidas à samaritana junto ao poço de Jacó, Jesus fala da
água como do elemento mais simples, que, no entanto, se revela o mais almejado,
o mais vital para quem tem familiaridade com o deserto. Ele não precisava
explicar muita coisa para dar a entender o que significa a água.
A água da fonte serve para a
nossa vida natural, enquanto que a água viva, da qual Jesus fala, se destina à
vida eterna.
Assim como o deserto floresce
somente depois de uma chuva abundante, também as sementes plantadas em nós com
o batismo só podem germinar se forem regadas pela Palavra de Deus. E a planta
cresce, lança novos rebentos e assume a forma de uma árvore ou de uma linda flor.
E tudo isso porque recebe a água viva da Palavra, que desperta a vida, mantendo-a
por toda a eternidade.
“Todo o que bebe dessa água, terá
sede de novo; mas quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede: porque
a água que eu darei se tornará nele uma fonte de água jorrando para a vida
eterna.”
As palavras de Jesus dirigem-se a
todos nós, os sedentos deste mundo: aos que estão conscientes da própria aridez
espiritual e ainda sentem os tormentos da sede, bem como aos que nem sequer
sentem mais a necessidade de matar a sede na fonte da verdadeira vida e dos
grandes valores da humanidade.
Mas, no fundo, é a todos os
homens e às mulheres de hoje que Jesus dirige um convite, revelando onde
podemos encontrar a resposta aos nossos porquês e satisfazer plenamente as
nossas aspirações.
Depende de todos nós, portanto,
alimentar-nos de suas palavras, deixar-nos embeber da sua mensagem.
De que forma?
Reenvagelizando a nossa vida,
confrontando-a com as suas palavras, procurando pensar com a mente de Jesus e
amar com o seu coração.
Cada momento em que procuramos
viver o Evangelho é uma gota daquela água viva que bebemos.
Cada gesto de amor ao nosso próximo
é um gole daquela água.
Sim, porque aquela água tão viva
e preciosa tem isto de especial: jorra no nosso coração cada vez que o abrimos
ao amor para com todos. É uma fonte – a fonte de Deus – que libera água na
mesma medida em que seu veio profundo serve para saciar a sede dos outros, com
pequenos ou grandes atos de amor.
“Todo o que bebe dessa água, terá
sede de novo; mas quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede: porque
a água que eu darei se tornará nele uma fonte de água jorrando para a vida
eterna.”
Já entendemos, portanto, que,
para não sofrermos sede, devemos doar a água viva que recebemos Dele dentro de
nós mesmos.
Muitas vezes bastará uma palavra,
um sorriso, um simples sinal de solidariedade, para nos dar novamente uma
sensação de plenitude, de satisfação profunda, um jorro de alegria. E se
continuarmos a doar, esta fonte de paz e de vida dará água cada vez mais abundante,
sem jamais se esgotar.
Existe também outro segredo que
Jesus nos revelou, uma espécie de poço sem fundo do qual podemos beber. Quando
dois ou três se unem em seu nome, amando-se com o próprio amor de Jesus, Ele
está no meio deles (cf Mt 18,20). Então nos sentiremos livres, uma só coisa,
plenos de luz; e torrentes de água viva jorrarão do nosso seio (cf Jo 7,38). É
a promessa de Jesus que se realiza, porque é Dele mesmo, presente em nosso
meio, que jorra aquela água que sacia por toda a eternidade.
Chiara Lubich
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