Nascida em Hiuchapan no México, Victória Gonzalez, veio para o Brasil em 2004 em resposta ao chamado para a vida religiosa nas Irmãs Oblatas de São José. Realizada sua profissão perpétua, no dia 22 de julho de 2012 em Barletta na Itália, ela responde algumas perguntas sobre a sua vida vocacional e religiosa.
Quando você iniciou
sua caminhada vocacional?
Eu acredito que iniciei desde sempre, só que não sabia que
tinha este chamado, ou que fosse uma vocacionada. Sempre estava dentro da
igreja e me chamava muito a atenção.
Por que e como você
se sentiu chamada?
Mas para frente, eu fui sentindo
que queria algo a mais. Primeiro comecei como catequista, depois com o grupo
dos jovens. Mas chegou um momento em que já não me estava sentido bem só
fazendo isso e queria algo a mais. Então, foi o meu diretor espiritual que
descobriu que eu estava necessitando de uma consagração.
Como foi a reação da sua família e amigos?
Os amigos não acreditavam, a
minha família gostou da ideia, só não gostaram que eu fosse para tão longe, e
ao mesmo tempo diziam que seria como eu quisesse, eles não iriam ser obstáculo
no meu caminho, tanto no matrimonio, como na vida de solteira ou na vida de
consagração.
Como foi sair de seu país para esta missão?
Nem eu mesma acreditei que viria
tão longe, mas era necessário sair para começar a fazer a minha experiência na
vida religiosa, e poder assim continuar com o meu caminho de consagração.
Quais as maiores dificuldades e as maiores alegrias de aceitar esse
chamado?
Primeiro é o de saber que vou
empreender outro caminho totalmente diferente e desconhecido, a adaptação,
aprender um outro idioma, e conhecer também uma nova cultura, digamos que outro
mundo tanto na parte social como na parte espiritual. A minha maior alegria é
de ser escolhida por Deus, de ser chamada por Ele, ainda que não sou merecedora
de tão grande chamado, pela minha pequenez.
Como é seu trabalho na PJJM?
Sinto que é um grande desafio, eu
gosto, me sinto bem, mas ao mesmo tempo é um grande desafio trabalhar nesta
pastoral nos tempos de hoje. Acredito que agora eu estou do outro lado, já não
estou mas naquele lado onde era eu que precisava falar, ou ser escutada, mas me
sinto como aquela que está para escutar, para ajudar, para ser uma guia
espiritual.
Como é a vida de irmã? Quais as atividades que realiza?
A minha vida de irmã é muito
divertida, penso que isto vai de cada pessoa e de como você quer viver sua
vocação. Não é fácil, mas também não é coisa de outro mundo que não se possa
viver. Minha vida é muito simples, confio Naquele que me chamou, e a minhas
atividades em casa também são simples. Temos momentos de oração, estudo,
trabalho e lazer. Na parte de oração ela é comunitária, assim como também
pessoal, o trabalho é comunitário, o lazer também é comunitário, e os meus
estudos, estou cursando o segundo ano de teologia na PUC-PR.
O que é profissão perpétua?
Eu entendo como um estado de
vida, que me ajuda a viver melhor a minha consagração, não a vejo como
proibição, e sim como meios de viver uma consagração em plenitude. Não foi
fácil chegar a este momento e de chegar a sentir vontade de não professar, pois
você esta consciente que esta resposta é “para Sempre”, e esta palavra “para
Sempre”, é aquela que dá medo, e acredito que não é só para mim como
consagrada, e sim para todos, que de um modo ou de outro, tem que dar passos grandes na vida.
Como é pra você estar realizando a sua profissão perpétua?
Já desde a primeira profissão fui
experimentando este caminho de totalidade, mais na medida em que se avança
sentese esta necessidade de chegar a esta consagração total. Eu vivo cada dia
dizendo sim ao Senhor, como aquele dia que dei o meu sim para sempre. Assim
como a flor que tem necessidade de água todos os dias, que tem necessidade de
cuidados, assim também é a vocação, tem que ser cuidada, alimentada, protegida,
ela é muito sensível e delicada.
E daqui pra frente? Como será?
Eu desejo ser melhor a cada dia,
buscando em Jesus Cristo aquilo que é necessário para ser fiel, constante,
perseverante, que me leve a uma autêntica espiritualidade e experiência de vida
total Nele. Um caminho de santidade no qual estamos todos convidados e que é um
direito do ser humano para poder chegar assim a uma realização total, que é o
de chegar a ser santo nas coisas simples e humildes.
Qual a sua maior motivação?
Cumprir a vontade de Deus, porque
sei que a vontade de Deus sempre vai ser o melhor para mim, e posso ver que a
sua vontade é uma coisa muito maior que o que eu possa desejar, Ele é tão
generoso, e então posso sonhar muito, posso ter muitos desejos, propósitos mas
estes devem estar em sintonia com o que
o Senhor sonha comigo, sei que será uma coisa muito melhor. Sonhos tenho muitos
e são os que me motivam a ir para frente.
E qual sua mensagem pra quem está na dúvida enquanto sua vocação?
Buscar e decidir dar um passo a
mais, não ter medo, mas buscar não ficar com a dúvida, fazer uma experiência.
Agora se têm muitas oportunidades, são muitos os carismas e congregações, isto
é, falando da vida religiosa ou consagrada, como também a vida do matrimonio e
das outras vocações. Experimentar, não ficar pensando: “ah se tivesse feito, se
tivesse falado, eu seria feliz”. É agora, não tenha medo!.
Informativo Rumo à Meta!
Oblatos de São José – “Com o
olhar voltado para os jovens do nosso tempo”
Rumo à Meta é um informativo
mensal do Centro Juvenil Vocacional Josefino - Marelliano, pertencente à
Congregação dos Oblatos de São José.
Nenhum comentário:
Postar um comentário