domingo, 21 de outubro de 2012


Jovem! Desperta tu que dormes.  Ainda é tempo de mudança e se revestir do Homem novo.


Caros amigos, estamos em uma época demarcada pelo consumismo e materialismo, onde somos aquilo que temos.
Comercializamos dentro de nós inúmeros estilos de manequins, trocando nossa personalidade como se troca uma peça de roupa, expondo somente aquilo que nos convém e que possa agradar o outro.
Esquecemo-nos de nossa realidade, esquecemos que somos seres criados por Deus a sua imagem e semelhança, não percebemos e identificamos a suma importância que isso nos traz. Preferimos resolver tudo sobre a nossa maneira executando nossas próprias leis, esquecendo de que este Deus da Vida nos deixou alguns mandamentos a serem seguidos e explorados para o bem de nossa própria humanidade e de nossa santificação. Esquecemos-nos de que não podemos modificar o que por Ele foi criado, e mesmo assim insistimos em viver nas hipocrisias e imoralidades oferecidas pelo mundo humano. Não damos conta da quantidade de lixo tóxico e pecaminoso que produzimos dentro do nosso coração e assim o cultivamos. Estamos preocupados em adquirir o poder, que acabamos cometendo tantos erros  estando constantemente ligados ao pecado.

Praticamos tantos atos ilícitos, que não reconhecemos que a cada instante somos obrigados executá-lo a ponto que nos distancia ainda mais deste Deus Criador e gerador da vida. Vivemos um farisaísmo, praticamos a libertinagem constantemente regadas de muitas bebedeiras e muito sexo. Caímos na devassidão nos entregando muitas vezes a corrupção querendo sempre tirar vantagem em tudo e em todos. Criamos ídolos a cada momento e os adoramos como se fosse deuses do além, e esquecemos que existe somente O Deus Criador, o Deus que santifica todas as coisas,  que tudo pode e o único que entregou seu único filho para morrer por toda a humanidade sofrendo até morte pregado em um madeiro.
Quantas inimizades construímos gerada por muito ciúmes, iras, intrigas, inveja e discórdia capaz de tirar a vida do outro, como se fosse algo comum que enterra sobre um bocado de terra e tudo bem.
Quanto tempo perdido! “É preciso despertar para a vida tu que dormes diz o Senhor”. Ainda é tempo para recomeçar, optarmos por uma vida digna. O Deus da vida nos convida a repararmos os nossos erros e de agora em diante, e   nos arrependermos de todas as nossas faltas e revestindo-nos do homem novo.
“Exorto-vos, pois, - prisioneiro que sou pela causa do Senhor -, que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados, com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade. Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.
    Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo.
Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos.
Mas a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo, pelo que diz: Quando subiu ao alto, levou muitos cativos, cumulou de dons os homens {Sl 67,19}.
Ora, que quer dizer ele subiu, senão que antes havia descido a esta terra?
Aquele que desceu é também o que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas.
A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo, até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo.
Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores.
Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo.
É por ele que todo o corpo - coordenado e unido por conexões que estão ao seu dispor, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe é própria - efetua esse crescimento, visando a sua plena edificação na caridade.
Portanto, eis o que digo e conjuro no Senhor: não persistais em viver como os pagãos, que andam à mercê de suas idéias frívolas.
Têm o entendimento obscurecido. Sua ignorância e o endurecimento de seu coração mantêm-nos afastados da vida de Deus.
Indolentes, entregaram-se à dissolução, à prática apaixonada de toda espécie de impureza.
Vós, porém, não foi para isto que vos tornastes discípulos de Cristo, se é  que o ouvistes e dele aprendestes, como convém à verdade em Jesus.
Renunciai à vida passada, despojai-vos do homem velho, corrompido pelas concupiscências enganadoras.
Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma, e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.
Por isso, renunciai à mentira. Fale cada um a seu próximo a verdade, pois somos membros uns dos outros.
Mesmo em cólera, não pequeis. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento.
Não deis lugar ao demônio.
Quem era ladrão não torne a roubar, antes trabalhe seriamente por realizar o bem com as suas próprias mãos, para ter com que socorrer os necessitados.
Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que for possível, e benfazeja aos que ouvem.
Não contristeis o Espírito Santo de Deus, com o qual estais selados para o dia da Redenção.
Toda amargura, ira, indignação, gritaria e calúnia sejam desterradas do meio de vós, bem como toda malícia.
Antes, sede uns com os outros bondosos e compassivos. Perdoai-vos “uns aos outros, como também Deus vos perdoou, em Cristo” (Efésios 4, 1-32).

A cada um de nós foi dado uma cruz e precisamos carrega-la. Por isso, “Ai de nós se formos soldados fracos na hora da batalha”. Não nos esqueçamos de que pela fé, poderemos vencer as coisas deste mundo.
Com a fé em Deus geramos a vida, transponhamos o céu, viajamos no mais longe do nosso intimo, vencemos o peso da nossa natureza humana, transcendendo-nos as nossas fraquezas e nos tornamos filhos de Deus.
Vamos mudar de vida, esquecendo as crises do passado, e redescobrir o caminho certo, que é Jesus. A cada instante Cristo quer livrar-nos de nosso passado indolente, quer que iniciamos uma vida nova, escrevendo em nosso livro da vida compondo uma nova melodia: “Agora começo”.
Tenhamos a determinação de seguir em frente, como diz padre Zezinho em uma de suas canções: “o caminho é estreito, árduo, mais é feito para chegar”.
Revigoremos a nossa confiança no Senhor. Deus cuida de nós com a mais terna dedicação, quem aprende amar segundo as suas leis adquire a vida eterna. Somente Ele é o pão da vida, o princípio e o fim, o Alfa e o Omega. A Ele gloria, honra e o louvor, pelos séculos dos séculos, Amém.


Por Carlos Peres Postulante dos Oblatos de São José 

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