Onde está Pedro, aí está a Igreja católica!
Um verdadeiro critério para um verdadeiro católico
A Igreja de Cristo é peregrina; caminha na história. Isto
faz parte da sua essência, pois que ela é continuadora e testemunha da obra
salvífica de Deus que, sendo eterno e imutável, entrou no tempo dos homens,
primeiro na história de Israel, o Povo eleito da Antiga Aliança e, na plenitude
dos tempos, de modo pleno, em Jesus Cristo, Cabeça e princípio da Igreja e
Salvador da humanidade.
A verdade de Deus, transmitida na Tradição apostólica, é
imutável, mas vai sendo compreendida cada vez mais, cada vez melhor, cada vez
de modo mais abrangente pela Igreja através do tempo. Não há como fugir disso:
a temporalidade, a progressão, é inerente ao homem! Como também as limitações
da cultura de cada tempo e civilização. E a Igreja, portadora da eternidade que
entrou no tempo, vai peregrinando, vai compreendendo sempre mais e melhor nos
caminhos da história; assim vai exprimindo sempre a mesma Verdade - que não é
simplesmente uma teoria ou uma doutrina, mas uma Pessoa: Jesus Cristo - de
modos novos e com palavras novas.
Mas, ela não precisa temer! Cristo lhe prometeu: “Eu estarei
convosco até o fim dos tempos!” Prometeu-lhe também o “Espírito da Verdade”,
que haverá sempre de conduzir adiante a sua Igreja, até a Verdade plena, pois
testemunhará sempre Jesus e sua salvação: “Ele tomará do que é meu e vo-lo
anunciará!” Por isso a Igreja sabe que nunca poderá errar na sua profissão de
fé.
Essa profissão não é um velho baú, cheio de verdades
teóricas enferrujadas, mas, ao invés, é a viva Tradição apostólica, sempre
interpretada de novo sob a guia do Espírito Santo, suscitando sempre novos
desafios ante os desafios de cada época, de modo que, cada geração eclesial pode
ter certeza de permanecer na mesma fé, sempre igual e sempre nova.
E para que a guarda da verdadeira fé e o modo de
interpretá-la e transmiti-la fosse autêntico, sem cair nos delírios dos
avançados nem no medo e no apego doentio a uma segurança do passado, própria
dos atrasados, Cristo dotou a sua Igreja de um Magistério, formado pelo Papa,
Sucessor de Pedro, e pelos Bispos em comunhão com ele, sucessores dos
Apóstolos. Somente eles têm a autoridade dada pelo Cristo e confirmada pelo
Espírito de interpretar retamente a fé da Igreja.
Num mundo confuso, numa Igreja batida por tantas ondas,
quando Satanás, ao não vencer pelo menos do relaxamento e da secularização,
tenta enganar pelo mais do exagero e de um tradicionalismo tão bobo quanto
prepotente, a humilde comunhão com os pastores reais que o Cristo real colocou
à frente do rebanho, é a mais decisiva garantia de que estamos seguros na
verdadeira fé. Que Deus nos conserve, caro Visitante, neste caminho! As portas
do inferno não prevalecerão! Valerá sempre o velho axioma, tão repetido pela sã
Tradição: Ubi Petrus, ibi Ecclesia catholica!” – Onde está Pedro, aí está a
Igreja católica! Para não haver dúvida: o nome de Pedro é Bento XVI..
Dom Henrique Soares da Costa
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