terça-feira, 16 de outubro de 2012

VOCAÇÃO: Na Igreja, para a Igreja e com a Igreja


Toda vocação nasce na Igreja e sua razão de ser não é outra senão para o bem e o crescimento da Igreja. Em seu seio são geradas as inspirações, o desejo de servir e de viver para Cristo e com Cristo. Sendo mãe, a missão da Igreja é propor e cultivar vocações. Dessa forma, os jovens e adolescentes devem desenvolver e amadurecer sua fé cristã e seu amor na vivência comunitária e na experiência pessoal com Jesus Cristo, cabeça de Igreja. (cf. 1Cor 12, 12-30).
Fonte: Google imagens
            Jesus Cristo desejando que sua missão continuasse, ordenou a Pedro junto aos demais apóstolos, que prosseguissem com seus projetos e para isso lhe entregou as chaves de sua Igreja (cf. Mt 16,18). A partir de então compreendemos toda a parte estrutural e hierárquica da Igreja.
            Participar da Igreja, ser batizado  é consequentemente  ser convocado (a)  a fazer parte da comunidade de discípulos que seguem Jesus e entregam sua vida pelo reino a fim de tornarem seu o projeto daquele que nos amou por primeiro e por nós deu-nos a vida.
            A Igreja testemunha Jesus Cristo ressuscitado por meio de seus vocacionados a partir da experiência do encontro, da convivência e da partilha do pão (cf. Lc 24, 13-35). É dever missionário e catequético da Igreja a transmissão do ardor sempre crescente pela causa do Reino.
            As vocações legitimam sua natureza quando encontram no Cristo a sua raiz. Esta raiz está presente hoje na Igreja corpo místico de Cristo.
            Há um belo canto que diz: “A eucaristia nos faz Igreja, comunidade de amor”. A eucaristia é ápice da vida cristã. É nosso encontro por excelência com o Filho que se dá no vinho e no pão.
 E qual vocação responsável pela Eucaristia senão a sacerdotal? Sendo comunidade de amor, a melhor forma de demonstrar isso ao mundo é na experiência da vida comunitária proporcionada pela vida consagrada que constitui comunidades de fé e vida. Além do mais a Eucaristia é encontro das famílias. Estas são edificadas pela vocação matrimonial que juntas partilham seus interesses, sua fé, suas alegrias e esperanças num único e precioso encontro.
            Somos Igreja à medida que deixamos fluir em nós a vontade do Pai celeste, somos Igreja pela participação, pela comunhão, pela animação. A dinâmica do Espírito Santo presente e atuante na vida da Igreja, unifica todos os membros tornando-os um só corpo, cuja cabeça é Cristo.
            É o amor concretizado no dia a dia da vida da Igreja que a tornará mais fecunda e mais digna de seu mestre. É por isso que insisto: A Igreja é lugar de descoberta da vocação, de amadurecimento e santificação de vidas consagradas ao Senhor da Messe.
“Por instituição divina, a santa Igreja é estruturada e regida com admirável variedade. Pois como em um só corpo temos muitos membros, mas todos os membros não tem a mesma função, assim nós, embora sejamos muitos, somos um só corpo em Cristo, e cada um de nós somos membros uns dos outros (Rom 12, 4-5)”. (Constituição Dogmática “Lumem Gentium” Nº 32)      

Autor: Pe. Marcelo Ocanha, osj.     
            

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