Às vezes quando alguns dos meus colegas de faculdade, amigos da Igreja ou até mesmo familiares me perguntam o que foi a JMJ para mim, me recordo das palavras do Santo Padre na missa de encerramento no Aeródromo de Quatro Vientros, quando se dirigiu a nós e disse:
“Os vossos amigos vão querer saber o que é que mudou em vós depois de vos terdes encontrado nesta nobre cidade com o Papa e centenas de milhares de jovens do mundo inteiro: Que ireis dizer-lhes?”
Foto: Mariana Tanno "JMJ - Ruas de Madrid" |
Essas palavras do Papa realmente me marcaram naquela hora, pois somente ali, tive idéia do que realmente havia vivido na Jornada, e o quanto meu testemunho era aguardado no Brasil.
Fui para a Espanha com um grupo de 180 jovens do Brasil inteiro que fazem parte Ministério Jovem (MJ) ou do Ministério Universidades Renovadas (MUR) da RCC,do qual eu participo aqui em São Carlos.Na semana que antecedeu a JMJ permanecemos na região de Navarra em missão. Foi uma experiência simplesmente fantástica.
Os espanhóis dessa região, conhecidos por sua frieza, nos acolheram de forma maravilhosa. A palavra que pulsava em cada gesto era EXPECTATIVA. Eles esperavam por nós, a Espanha se preparou para nos receber naqueles dias.
Naquela semana, permanecemos em casas de família. Mas muito mais que suas casas eles nos abriram seus corações, suas vidas. Saímos às ruas evangelizar, anunciar Jesus, o sentido das nossas vidas. Deparamos-nos com a grande crise que assola a Europa: uma crise econômica, social e religiosa. Mas também por vários momentos vimos um povo que não desiste de abraçar sua Cruz e seguir.
Uma das maiores experiências que vivi naquela terra, foi a de ser Igreja.
Foto: Mariana Tanno "Convivência" |
Vi durante essas 2 semanas, uma Igreja viva, pulsante, vibrante, fonte de santidade. Uma Igreja que produz Santos! Estive em Javier, terra de São Francisco Xavier, e em Ávila, terra de Santa Tereza e São João da Cruz. Ao pisar nesses lugares pude ver a riqueza da Tradição de nossa Igreja, tomar consciência desse caminho de santidade que ela nos oferece, e ao mesmo tempo, sentir a proximidade desses santos.
Também me deparei com uma Igreja que sofre, que é perseguida, que derrama seu sangue. Em vários momentos durante esses dias, tive contato com muitos cristãos perseguidos: grupos de africanos, chineses, egípcios, e outros povos orientais. O testemunho deles até hoje me emociona. Lá na China, em muitos locais as Missas ainda são clandestinas, eles não tem Jesus Eucarístico tão facilmente como nós. Havia uma moça, que na China, todos os dias se voltava de joelhos para o Ocidente na esperança de adorar Jesus Eucarístico em algum Sacrário do mundo.
Ver esses jovens, que se preciso dão seu sangue pelo nome de Jesus, me fez ver o quanto podemos e devemos nos dar muito mais por nossa Igreja.
Que possamos expor nossa fé, lutando por ela e nos unir aos jovens do mundo inteiro, que enquanto o Papa passava pelas ruas de Madrid gritavam: Essa é a juventude do Papa!”
Testemunho enviado a Equipe do SAV Josefino pela Jovem Mariana Tanno que esteve em Madrid na JMJ.
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Mariana Tanno, 21 anos. Nascida em Santa Cruz do Rio Pardo - SP. Estudante de Medicina na UFSCAR. |
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