terça-feira, 24 de julho de 2012

VOCAÇÃO: CONSAGRAÇÃO E MISSÃO

       A Vida Consagrada traz em si mesma a marca trinitária da vocação divina, que vem do Pai, manifesta-se na entrega a Deus sumamente amado, exprime-se na resposta a Cristo, Senhor e Mestre, que convida ao seu seguimento, mediante a profissão dos Conselhos Evangélicos de castidade, pobreza e obediência e é confiada à constante ação do Espírito Santo, que favorece o acolhimento da chamada, a fidelidade à perfeita configuração com Cristo e à total entrega ao seu serviço na Igreja.

          À imitação de Jesus, perfeito Consagrado do Pai, a consagração religiosa é uma verdadeira “aliança com Deus”, segundo uma terminologia cara à tradição primigênia tradição eclesial; “tem as suas raízes profundas na consagração batismal, de que é expressão mais plena”; mediante a profissão pública dos conselhos evangélicos tende a uma mais profunda configuração com o mistério de Cristo virgem, pobre e obediente. Deste modo, a consagração mediante os conselhos evangélicos exprime a graça do chamamento e a unção do Espírito Santo, com que o próprio Deus escolhe e habilita para a total doação de si mesmo e para a efetiva, livre e plena entrega ao Senhor, sumamente amado e ao seu serviço. A Igreja dá autenticidade à vocação e acolhe a profissão dos conselhos evangélicos e, com a celebração litúrgica, associa o sacrifício eucarístico à oblação total da vida dos consagrados.
            A consagração, como escolha de Deus e doação da pessoa, comporta a missão. São como que dois aspectos da mesma realidade. Quando o Senhor consagra uma pessoa, concede-lhe uma graça especial para que possa cumprir o se desígnio de amor. Como Cristo” que o Pai consagrou e enviou ao muno” e à sua imitação, todos os consagrados, cada um segundo o carisma do próprio Instituto, estão necessariamente, empenhados na missão. Com efeito, “já que os conselhos evangélicos em razão da caridade a que conduzem, de modo especial, unem à Igreja e ao seu ministério aqueles que o seguem, devem também a sua vida espiritual ser consagrada ao bem de toda ela”. Daqui, nasce o dever de trabalhar na implantação e consolidação do Reino de Cristo nas almas e de o levar a todas as regiões com a oração e também com a ação, segundo as próprias forças e a índole própria da vocação.

Fonte: Irmã Orseni Calazans - Filhas de São José

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