Evangelho
do dia (Lucas 11, 37- 41)
A palavra do Senhor é viva e eficaz:
ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12).
Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 11 37 enquanto Jesus
falava, pediu-lhe um fariseu que fosse jantar em sua companhia. Ele entrou e
pôs-se à mesa.
38 Admirou-se o fariseu de que ele não
se tivesse lavado antes de comer.
39 Disse-lhe o Senhor: "Vós,
fariseus, limpais o que está por fora do vaso e do prato, mas o vosso interior
está cheio de roubo e maldade!
40 Insensatos! Quem fez o exterior não
fez também o conteúdo?
41 Dai antes em esmola o que possuís, e
todas as coisas vos serão limpas".
Palavra da Salvação.
Reflexão
No tempo de Cristo a conduta das
pessoas era regulamentada pelas leis miniciosas que os fariseus e doutores da
lei respeitavam; quem não obedecesse a estas leis era censurado e desprezado,
daí a “admiração” (v 38) do fariseu sobre Jesus que não limpava a mão como a
lei queria. Era uma lei “codificada” que não dava espaço ao coração, à
intenção, á pessoa subjetiva. Jesus vai contra esta maneira de ser e ver as
coisas porque afinal colocava a pessoa humana num patamar ínfimo e a lei em
primeiro lugar (v.39-40).
Afinal Jesus com veemência afirma que
é exatamente o contrário: precisa viver dentro antes, ter convicções firmes, e
que a religião pode ser vivida também exteriormente, mas, somente quando está
acompanhada pelo coração, pelo amor, pelos valores do espírito, pois, pode
existir o perigo de ser por fora bela viola e por dentro pão bolorento!
Na nossa sociedade voltada para o
rótulo, o exterior este perigo existe e como! Até o perigo de viver a fé, a
missão de cada um de nós na família, na comunidade, na VR e sacerdotal apenas
para cumprir tabela ou para aparecer bom quando lá no fundo somos o que somos.
Mais: Jesus dá uma orientação forte: “Dai antes em esmola o que possuís”(v.
41). Viver a fé a religião
exige mais dar, se entregar, sair de si, ir além, deixar o formalismo, a fé de
fachada, a hipocrisia, ser pobre “dentro”... Jesus não quer ao seu seguimento
“profissionais frios”, mas, discípulos verdadeiros que sejam capazes de se
jogar a vida pelo Reino e viver o famoso “MAIS” de S. Ignácio de
Loyola, ou viver como as santas de hoje: Santa Edwiges(1174-1243) e Santa
Margarida Maria Alacoque (1647-1690) que em situações diferentes deram sua vida
em esmola de amor ao coração de Jesus. Para tanto, exige-se a reta intenção e a conversão contínua.
Padre Mário Guinzoni OSJ
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