sábado, 3 de novembro de 2012

Felicidade, o que é?



Ao intitular, felicidade e fazer a pergunta, o que é? Venho através deste artigo, falar sobre as alegrias que nos reúnem e de alegrias que nos separam. Parece complicado, mais é um tema a ser tratado e vivenciado durante a vida, sobretudo nos tempos em que celebramos a morte.
Falando sobre os acontecimentos deste mês, também estamos celebrando o ano da fé, proclamado no dia 11 de outubro 2012 em Roma, pelo Papa Bento XVI, como celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II (fato este que mudou muito a nossa história e o modo de vivenciar a fé). A celebração oficial acontecerá em nossa Igreja de São Paulo, no dia 04 de novembro com a missa de abertura na Catedral da Sé e em Igrejas das Regiões Episcopais, e ainda em cada comunidade paroquial. A importância deste evento é marcar esta data e com ela uma grande atenção ao estudo da fé e de suas atitudes para o mundo e o testemunho do que se acredita.
A felicidade que destaco, é exatamente àquela que vem da fé! É muito comum ver pessoas das mais diversas categorias e grupos sociais que têm e vivem a fé, com uma paz viva nos olhos, nas palavras, nas atitudes, nas esperanças, nas dores, nas perdas e nos ganhos. Olhando para o Evangelho de Mateus, ( 5, 3-10) “felizes os bem-aventurados, passam pelas provações e tem nelas o consolo, o Reino enfim, a paz”.
Neste mês de novembro, a primeira celebração é de todos os Santos e depois de todos os falecidos. A nossa fé nos aponta a uma verdade chamada comunhão dos Santos e no livro do Catecismo da Igreja Católica (946-962) é possível encontrar a reflexão e orientação sobre esta realidade.
Muitas vezes encontro os paroquianos que perderam seus entes queridos, relatando sobre esta relação de perda… ”parece que o vejo ali, não consigo ir a este ou aquele local por que a lembrança é muito forte…”.  Sabemos que a vida é passageira e a lembrança é permanente. Somos um único corpo em Cristo e em sua comunhão. Certamente estas lembranças irão nos conduzir ao bem, sobre o que devemos fazer e os ensinamentos que devemos seguir. Temos que devolver ao Criador o que ele nos deu, e esta comunhão acontece na morte, mas o estado físico não nos separa de quem amamos.
Chamo-a de felicidade esta partida, os cristãos que viveram estes ensinamentos com força, mesmo no sofrimento, não reclamam de Deus, e sim, pedem sempre a sua ajuda. Apesar da partida deixar saudade, permanece uma força consoladora e os ensinamentos para aqueles que ficam, ajudando a tornar esta ausência presente, ainda que distante.
Somos cidadãos do Reino, somos caminheiros para a eternidade. Vivamos o presente, com esperança no futuro e sendo produtores da paz e de uma felicidade dada pelo Cristo à certeza da casa do Pai, aos que dela merecerem. Felizes serão estes merecedores, e desejo a todos os que lerem este artigo, uma bela hospedagem, quando for o tempo certo.

Agradeçamos a Deus pela vida e rezemos pelos que morreram para a felicidade e a paz.

Pe. Paulo Siebeneichler – OSJ

Pároco e Reitor da Paróquia Santuário Santa Edwiges

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