Ao intitular, felicidade e fazer
a pergunta, o que é? Venho através deste artigo, falar sobre as alegrias que
nos reúnem e de alegrias que nos separam. Parece complicado, mais é um tema a
ser tratado e vivenciado durante a vida, sobretudo nos tempos em que celebramos
a morte.
Falando sobre os acontecimentos
deste mês, também estamos celebrando o ano da fé, proclamado no dia 11 de
outubro 2012 em Roma, pelo Papa Bento XVI, como celebração dos 50 anos do
Concílio Vaticano II (fato este que mudou muito a nossa história e o modo de
vivenciar a fé). A celebração oficial acontecerá em nossa Igreja de São Paulo,
no dia 04 de novembro com a missa de abertura na Catedral da Sé e em Igrejas
das Regiões Episcopais, e ainda em cada comunidade paroquial. A importância
deste evento é marcar esta data e com ela uma grande atenção ao estudo da fé e
de suas atitudes para o mundo e o testemunho do que se acredita.
A felicidade que destaco, é
exatamente àquela que vem da fé! É muito comum ver pessoas das mais diversas
categorias e grupos sociais que têm e vivem a fé, com uma paz viva nos olhos,
nas palavras, nas atitudes, nas esperanças, nas dores, nas perdas e nos ganhos.
Olhando para o Evangelho de Mateus, ( 5, 3-10) “felizes os bem-aventurados, passam
pelas provações e tem nelas o consolo, o Reino enfim, a paz”.
Neste mês de novembro, a primeira
celebração é de todos os Santos e depois de todos os falecidos. A nossa fé nos
aponta a uma verdade chamada comunhão dos Santos e no livro do Catecismo da Igreja
Católica (946-962) é possível encontrar a reflexão e orientação sobre esta
realidade.
Muitas vezes encontro os
paroquianos que perderam seus entes queridos, relatando sobre esta relação de
perda… ”parece que o vejo ali, não consigo ir a este ou aquele local por que a
lembrança é muito forte…”. Sabemos que a
vida é passageira e a lembrança é permanente. Somos um único corpo em Cristo e
em sua comunhão. Certamente estas lembranças irão nos conduzir ao bem, sobre o
que devemos fazer e os ensinamentos que devemos seguir. Temos que devolver ao
Criador o que ele nos deu, e esta comunhão acontece na morte, mas o estado
físico não nos separa de quem amamos.
Chamo-a de felicidade esta
partida, os cristãos que viveram estes ensinamentos com força, mesmo no sofrimento,
não reclamam de Deus, e sim, pedem sempre a sua ajuda. Apesar da partida deixar
saudade, permanece uma força consoladora e os ensinamentos para aqueles que
ficam, ajudando a tornar esta ausência presente, ainda que distante.
Somos cidadãos do Reino, somos
caminheiros para a eternidade. Vivamos o presente, com esperança no futuro e
sendo produtores da paz e de uma felicidade dada pelo Cristo à certeza da casa
do Pai, aos que dela merecerem. Felizes serão estes merecedores, e desejo a
todos os que lerem este artigo, uma bela hospedagem, quando for o tempo certo.
Agradeçamos a Deus pela vida e
rezemos pelos que morreram para a felicidade e a paz.
Pe. Paulo Siebeneichler – OSJ
Pároco e Reitor da Paróquia
Santuário Santa Edwiges
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