sábado, 5 de abril de 2014

A serviço do reino.

Á esquerda Frei Rafael e a direita Frei José Antonio
na recepção do Leitorato


 “Ide por todo o Mundo e pregai o Evangelho a Toda Criatura”. Marcos 16,15






Esta é uma das motivações que me leva acreditar no projeto que eu busco realizar.  Sabendo que não é o simples fato de ser um anunciador da boa nova de Cristo, mas, de estar à disposição do serviço do reino: viver a consagração por inteiro tendo como exemplo o carpinteiro de Nazaré.
Nos últimos dias tive alegria de celebrar junto com minha comunidade religiosa, a recepção do leitorato de dois confrades. Segundo a tradição da Igreja, a partir desta cerimônia os candidatos ao sacerdócio estão aptos para a leitura da Palavra de Deus, tornando-se, assim, também educadores do povo de Deus, intitulados leitores ou proclamadores das Sagradas Escrituras.
A Instituição ao leitorato é uma etapa importante na formação do candidato ao sacerdócio que, depois de alguns anos de formação, gradativamente vai dando passos para o futuro exercício do ministério presbiteral. Isto não deve ser encarado como uma “burocracia eclesiástica”, mas sim passos significativos e aprofundados no compromisso que devem levar o formando ao ministério ordenado, segundo a graça de Deus.
Na vida religiosa o objetivo principal não é o sacerdócio, pois cada formando é orientado a viver o seu “ser religioso”, segundo o carisma da Congregação, seguindo as etapas formativas proposta na Constituição e regulamento geral. Por isso cada etapa deve ser vivenciada na sua plenitude. Iniciamos na casa apostólica e em seguida passamos pelo Noviciado, onde no seu término nos consagramos tornado-nos assim religiosos Juniores. E em sequencia é a formação acadêmica, filosófica e teológica. A teologia, podemos assim dizer, é o processo final rumo ao presbiterato. É nesse período que se realizam as etapas para aqueles que almejam ao sacerdócio. Sendo elas: o leitorato no primeiro ano, acolitato no segundo, votos perpétuos no terceiro e o Diaconato no quarto ano, e por fim a ordenação presbiteral.  Lembrando que estas etapas são apenas para os candidatos ao sacerdócio. O iter formativo termina com a profissão perpétua, seja ela para os irmãos, seja para os futuros presbíteros.

O ser humano nasce livre para fazer suas escolhas, e, escolher ser religioso nos dias atuais não é querer ser Popstar, viver sob-holofotes e aplausos. É acreditar que o Bom Pastor continua chamando discípulos, assim como chamou os doze apóstolos, para dar seguimento no anuncio do seu evangelho.  É ser São José nos dias de hoje, cuidando dos interesses de Cristo sem a preocupação de ser o destaque dos grandes eventos. É viver na humildade e na simplicidade a serviço do reino.

Frei Jonielson A. Dos Santos,osj

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