Á esquerda Frei Rafael e a direita Frei José Antonio na recepção do Leitorato |
“Ide por todo o Mundo
e pregai o Evangelho a Toda Criatura”. Marcos 16,15
Esta é uma das motivações que me
leva acreditar no projeto que eu busco realizar. Sabendo que não é o simples fato de ser um
anunciador da boa nova de Cristo, mas, de estar à disposição do serviço do reino:
viver a consagração por inteiro tendo como exemplo o carpinteiro de Nazaré.
Nos últimos dias tive alegria de
celebrar junto com minha comunidade religiosa, a recepção do leitorato de dois
confrades. Segundo a tradição da Igreja, a partir desta cerimônia os candidatos
ao sacerdócio estão aptos para a leitura da Palavra de Deus, tornando-se,
assim, também educadores do povo de Deus, intitulados leitores ou proclamadores
das Sagradas Escrituras.
A Instituição ao leitorato é uma
etapa importante na formação do candidato ao sacerdócio que, depois de alguns
anos de formação, gradativamente vai dando passos para o futuro exercício do
ministério presbiteral. Isto não deve ser encarado como uma “burocracia
eclesiástica”, mas sim passos significativos e aprofundados no compromisso que
devem levar o formando ao ministério ordenado, segundo a graça de Deus.
Na vida religiosa o objetivo
principal não é o sacerdócio, pois cada formando é orientado a viver o seu “ser
religioso”, segundo o carisma da Congregação, seguindo as etapas formativas
proposta na Constituição e regulamento geral. Por isso cada etapa deve
ser vivenciada na sua plenitude. Iniciamos
na casa apostólica e em seguida passamos pelo Noviciado, onde no seu término
nos consagramos tornado-nos assim religiosos Juniores. E em sequencia é a formação acadêmica,
filosófica e teológica. A teologia, podemos assim dizer, é o processo final
rumo ao presbiterato. É nesse período que se realizam as etapas para aqueles
que almejam ao sacerdócio. Sendo elas: o leitorato no primeiro ano, acolitato
no segundo, votos perpétuos no terceiro e o Diaconato no quarto ano, e por fim
a ordenação presbiteral. Lembrando que
estas etapas são apenas para os candidatos ao sacerdócio. O iter formativo
termina com a profissão perpétua, seja ela para os irmãos, seja para os futuros
presbíteros.
O ser humano nasce livre para
fazer suas escolhas, e, escolher ser religioso nos dias atuais não é querer ser
Popstar, viver sob-holofotes e aplausos. É acreditar que o Bom Pastor continua
chamando discípulos, assim como chamou os doze apóstolos, para dar seguimento
no anuncio do seu evangelho. É ser São
José nos dias de hoje, cuidando dos interesses de Cristo sem a preocupação de
ser o destaque dos grandes eventos. É viver na humildade e na simplicidade a
serviço do reino.
Frei Jonielson A. Dos Santos,osj
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