terça-feira, 23 de setembro de 2014

SÃO JOSÉ MARELLO DO NASCIMENTO À ORDENAÇÃO SACERDOTAL (1844-1868)

1. Nascimento e Família
José Marello nasceu em Turim, aos 26 de dezembro de 1844.
Seu pai, natural de São Martinho Alfieri, era comerciante. Um tipo alegre, delicado, honesto e caridoso. Morreu em 1873.
A mãe, Ana Maria, era natural de Venaria Reale. Pelas suas virtudes, os vizinhos a chamavam de “a santa”. Morreu em 1848 com apenas 24 anos de idade.
Vitório, o único irmão de José, nasceu no ano de 1847. Também ele foi ótima pessoa e por quarenta anos, prefeito de São Martinho Alfieri, onde moravam seus avós.
José foi de temperamento franco, generoso, amável e gentil.
2. Infância em São Martinho Alfieri
Após a morte da esposa, para providenciar uma melhor educação aos filhos, Vicente se transferiu para São Martinho Alfieri (1862). Uma tia, Catarina Secco, foi para os meninos uma segunda mãe.
José, por suas boas qualidades, foi apontado pelo seu pároco Pe. João Battista Torchio como exemplo para os seus colegas, e também recebeu o encargo de ensinar o catecismo. Dizia espontaneamente as orações e servia com grande devoção a Santa Missa. Tinha uma predileção toda particular pelos pobres.
3. Ingresso no Seminário. Crise e Curso Comercial em Turim
Em 1856 José entrou no seminário diocesano de Asti, vestindo logo o hábito clerical, como era em uso naquela época. Conseguia se dar bem em todas as matérias escolares, mas sobretudo na matemática.
Nas férias de 1862, ao término do curso de Filosofia, decidiu deixar o Seminário. Matriculou-se no Curso Comercial em Turim. O motivo dessa sua decisão foi influenciado seja pela agitada situação política, seja pela impressão desfavorável nele suscitada por parte de alguns padres, como também por uma certa insistência paterna.
Em Turim, José teve uma breve crise afetiva, pois se entusiasmou pelo apostolado humanitário. No fim de 1863 caiu gravemente enfermo de tifo e refletindo sobre o grave perigo espiritual em que se encontrava, fez voto de retornar ao seminário caso recuperasse a saúde. Efetivamente, sarou logo e atribuiu sempre esta graça a uma particular intervenção de Nossa Senhora da Consolação, que atendendo à sua súplica o tinha salvo (Cf. Cartas 5 e 9 sobre o apostolado humanitário)
4. Retorno ao Seminário. Preparação ao Sacerdócio
Mantendo seu voto, José, ainda convalescente, retomou o hábito eclesiástico em fevereiro de 1864, retornando os estudos no seminário.
Durante o curso teológico, depois de um período de forte reflexão para pôr-se de acordo com a sua consciência, impõe a si mesmo um programa de vida e de aperfeiçoamento espiritual em vista da ordenação sacerdotal (Cf. Cartas 3 e 9).
Intui também o valor do princípio da coordenação das forças e por isso acerca-se de ótimos amigos como: Estevão, José Riccio, Egídio Motta, Estevão Rossetti... O Marello era a alma do grupo, tanto no seminário, quanto durante as férias (Cf. C. 8).
Com aqueles clérigos idealizou o seu sacerdócio, como ele mesmo expressa na Carta nº 11: “Renovemos os lindos tempos da antigüidade, quando o Sacerdócio se mostrava venerando aos povos pela fé vivíssima e pela caridade profunda! São Paulo! Oh! a grande figura típica do Cristianismo.” O Marello continuou a estudar por conta própria os males que assolavam a sociedade de seu tempo, procurando solucioná-los à luz do Evangelho (Cf. Cartas 4, 5, 9, 76).


Nenhum comentário:

Postar um comentário