terça-feira, 26 de novembro de 2013

QUARTA F DA 34ª SEMANA DO TEMPO COMUM C

Lc 21,12-19
O TEXTO

O texto faz parte do assim chamado “grande apocalipse “de Lucas  (21,5-36). O evangelista descreve uma realidade de Igreja semelhante à nossa de hoje, apesar da distancia no tempo. È que precisamos ler a história à luz do mistério pascal e Lucas escreve quando os apóstolos (At 4 ss), Estevão, (At 7,54-60) Tiago (At 12,1), os  e Paulo (At 21, 17 ss) tinham sido perseguidos e eliminados. Jesus fala sim de perseguições para seus discípulos, mas, fala também da vitória pela perseverança e  confiança nele.

O QUE O TEXTO DIZ PRA NÓS

Algumas pistas de meditação e reflexão.
a) A perseguição quer seja no tempo de Lucas, quer ao longo dos tempos e hoje é sempre um completar o que “falta à paixão de Cristo”. (Col 1,24). O texto é um convite também a não fugir da cruz e a lembrar de que nada e nem a família (v. 16) está na frente de Jesus.
b) O certo para o cristão (ã) é viver a vida como um “martírio” = um testemunho, sabendo que Deus dá a sabedoria para enfrentar obstáculos e toda dificuldade (Cfr. At 4,13; 6,10)
c) Não confundir ódio do mundo por causa de Jesus, com outros ódios que são bem humanos!
d) Fidelidade, firmeza, perseverança, constância no caminho de Jesus são indispensáveis para ganhar a vida (Rm 2,7)
e) A confiança: “nem um só fio de cabelo cairá da vossa cabeça” (v. 18). Esta frase que era já  conhecida no AT  (1 Sm 14, 45) é também certeza que Ele está conosco. Otimismo da fé! Otimismo que encontramos também na primeira leitura de hoje (Dn 5,1-6.13-14.16-17.23-28 ) que afirma claramente que tudo acaba e só Deus fica e vence.

CANTINHO DE S. JOSÉ



José é o “homem fiel” que soube confiar em Deus, apostou sua vida, sua inteligência, sua vontade e liberdade em Jesus Cristo seu filho e em Maria sua esposa. Neste sentido foi “mártir”, ou seja, testemunha de Jesus e de sua mãe, o defensor deles sábio e prudente. Como homem de fé, viveu sem medo e salvou sua vida, - como diz o Evangelho (v.  19)- a de Maria, e salvou a vida da VIDA que é Jesus!
Nele coragem e amor fundiram-se no abandono em Deus e deu tudo de si. José é exemplo fúlgido de desapego evangélico e figura, - em maquete no começo do Evangelho-, do mesmo Jesus.
            José pode muito bem dizer ao nosso mundo distraído e voltado para o que é efêmero, que o que vale na vida é tão somente o amor, vivido a cada momento. Convida-nos a viver cada dia como se fosse o primeiro, o único e o último. Se então seremos capazes de viver assim, não terá “o fim do mundo” pavoroso, mas, um dia Jesus dirá para nós também o que disse ao bom ladrão: “hoje estarás comigo no Paraiso” (Lc 23,43). Lembra o Evangelho de domingo passado na solenidade de Cristo Rei?
Bom final de ano litúrgico e bom começo do novo ano com o Advento!


Padre Mário Guinzoni OSJ

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